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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ANOTAÇÕES


MENTIRAS


Como podem mentir sem mesuras
Disseminar conjecturas
Escanear meias figuras
Tornando em fatos mentiras puras?

Como podem alarmar em silêncio
E furtivamente matar o bom-senso
Sem perguntar-me sequer o que penso
E me vendo chorar nem me cedem um lenço?

Eu não vou abrir mão de dizer
Quem me suga haverá de saber
Na seiva do bem o mal há de gemer
E carrapato não sabe correr

Autor: Victor Chaves

 CAMERAS E OLHARES


O menininho faria uma apresentação festiva na escola.
 Os pais, orgulhosos, foram e levaram câmeras para filmar e fotografar.
 Enquanto se dava a apresentação, os pais olhavam para o visor de suas câmeras. O menininho olhava para as lentes.
 E eles não se olharam.

Autor: Victor Chaves


PARA SERMOS FELIZES


Já reparou que muito do que somos, ou quase tudo, somos porque aprendemos a ser? Aprendemos a ser o que somos com o lugar que nascemos, nossos pais, com a televisão, jornais, revistas e com todo um contexto sócio-cultural. Mas não aprendemos que podemos ser o que quisermos ou que podemos criar nosso próprio ser de uma forma que seja só nossa, sem referências rotuladas religiosas, sociais, culturais, familiares ou de qualquer outra ordem. A gente aprendeu a não aceitar que alguém tente ser de seu próprio jeito, porque achamos que todos precisam seguir a mesma fila sem direito algum de expressar-se com mínima originalidade. Quando aparece alguém querendo inovar, todos se revoltam dizendo:"Quer ser diferente?"; ou "Quer aparecer?"; e ainda..."Quem esse aí pensa que é para não fazer como todos nós, ou andar como todos, ou não seguir a nossa moda?" Forçamos os índios a serem como somos e por isso os matamos aos poucos, assim como fazemos com nós mesmos quando nos forçamos a ser como os outros querem que sejamos, sem dar mínima chance à vontade de nossa alma.
O fato é que num mundo pobre e pouquíssimo espiritualizado como o nosso, infelizmente é proibido ser você mesmo. É proibido alguém vestir vermelho, só porque outro alguém resolveu ditar que a moda agora é azul. É proibido não sentir-se triste com a morte de alguém próximo, só porque todos dizem que a morte é algo triste. Todos dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece, mas quem disse que um segundo amor será esquecido?
Aprendemos a achar linda a timidez, mas nem nos damos conta de que ela é a maneira mais sutil e sofrida de disfarçarmos nosso orgulho e nosso medo de que alguém possa nos apontar algum defeito. Aprendemos a não acreditar em amor sem ciúmes, sem nos dar conta de que ciúme é pura insegurança, não amor. Então, aprendemos que seguir a alma e aceitar-se como se é pode ser perigoso, simplesmente porque à nossa volta alguém pode resolver não gostar disso.
Por que é que não aceitamos o outro como ele é ou deseja ser? Por que é que não damos o direito a alguém de ser quem quiser, como quiser e de descobrir-se? Sabe por que? Porque nós mesmos não sabemos ser quem queremos. Não temos essa coragem. Somos frustrados. Seguimos rótulos pré-formatados. Trabalhamos sem prazer. Trabalhamos por coisas, não por ideais. Olhamos para todos, menos para nós mesmos, por termos medo de encontrar em nós o defeito que apontamos nos outros. Não conseguimos ser o que queremos por medo e por isso impedimos os outros de o fazerem. Não obstante, os pais frustrados que não foram atrás de seus sonhos impelem os filhos a o fazerem. Muita vez, seguimos caminhos profissionais que nossos pais querem que sigamos e aprendemos a fazer de nossos filhos os mesmos fantoches que fomos. Pior, chamamos isso de educar.
Seja você. Faça de você e de sua vida uma verdade ainda que mínima, pois será mais válida que máximas mentiras. Siga seu caminho sem olhar para os rastros dos outros, que podem ter ido direto ao abismo.
Siga seu coração. Erre, mas aprenda. Aprenda, mas ensine. Ensine, mas com exemplo. Viva intensamente o que seu coração pede e dê esse direito aos outros. Deixe seu cão, seus amigos, sua família ou qualquer um à sua volta serem, viverem e errarem, pois eles têm o mesmo direito que por sinal você até tem, mas pode não estar se dando: O direito de ser feliz!

Autor: Victor Chaves

 PREMIO MULTISHOW


Quero parabenizar a todos os indicados ao Prêmio Multishow. Sei que, entre eles, estavam artistas que fazem um excelente trabalho. Muito mais que uma vitória da dupla Victor e Leo, foi o grande passo dado pela música brasileira, através deste prêmio, que abre espaço e reconhece uma cultura com tanta verdade, raiz e história, como a música sertaneja, que vem do interior do Brasil, especialmente das áreas rurais, e que ganha cada vez mais espaço nos grandes centros. Isso é que precisa ser comemorado e reconhecido.
Parabéns aos organizadores do Prêmio por terem aberto este espaço e quebrado uma barreira que está no fim, mas que ainda existe.
A todos que votaram nos seus artistas favoritos, que se emocionam, que sentem no coração a energia da música, e que os acompanham, sem medir esforços, muito obrigado.
Parabéns a todos que fazem parte da música sertaneja! Parabéns à música brasileira!

Autor: Leo


AGRADECIMENTO DO VICTOR

Existe um jeito com o qual tento retribuir a forma como tantas pessoas dão sentido à minha vida: Com música.
Através dela, expresso minha dúvida, minha certeza, o que sinto, o que sou e o que não sou.
Mas é dizendo “muito obrigado” que posso afirmar: Os presentes que recebi, todos inesquecíveis, as homenagens de afeto e carinho gratuito, e cada palavra ou gesto neste meu aniversário de 35 anos, não terão a força do amor com o qual os quero retribuir e o qual desejo que todos sintam.
Obrigado a todos, hoje e sempre. E que eu possa doar bem mais que receber, em cada show e segundo de vida, pois a minha mais sincera intenção é a de passar em dobro o afeto que recebo!
Obrigado aos colegas de trabalho pelo companheirismo, à minha família pelo aconchego, aos amigos pelo apoio, aos blogs e sites pela  dedicação, aos fãs-clubes pela atenção.
Agradeço à vida e digo:
“Se o que nos fizer chorar nos ensinar e o que nos fizer sorrir nos incentivar, tudo será bom”.

Autor: Victor Chaves



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